Tudo aquilo que achava que precisava de mais um longo período pra se concretizar, na verdade não foi bem assim.
Tudo começou de um certo ponto, e tudo seguia naquela velocidade...Aquela que a gente se acostuma...(embora não goste...)
Se molda (ou tenta), e pensa que será assim pra sempre.
Aí não é...
Existe aquela quebra no meio do caminho, aquelas interrupções inesperadas...!
Então a gente perde o compasso, nosso ritmo vai diminuindo...
Ela observava...
E enquanto todo o resto fluía...Certas coisas ainda continuavam...Intactas. Imóveis.
"Jamais passariam, jamais mudariam"- pensou de maneira ingênua.
E o tic-tac do relógio soava entediante...Do jeito que sempre foi...Dando a entender que poderia ser ouvido pra sempre.
Daquele mesmo jeito...Às quatro e quinze, ou às seis e meia.
Nunca deixou que o tempo realmente a desafiasse.
Nunca considerou importante.
Sabia que ele estaria ali, nas vinte e quatro horas de um dia, ou em seus mil quatrocentos e quarenta minutos.
Nunca considerou os detalhes de que são feitos a vida.
Detalhes que a gente tenta. Mas nunca consegue explicar assim direitinho...
Por isso independente do tic-tac do relógio, ela nunca apreciou a rotina...E não por saber que isto um dia mudaria...Ela simplesmente não se agradava da ideia.
Mas isto nunca a preparou para os momentos abruptos da vida.
Não tem o que dizer, a vida altera o tempo, ou o tempo altera a vida.
Ninguém em meras condições humanas realmente controla.
Do primeiro ao segundo minuto, muita coisa já aconteceu.
E ela...Enquanto observava, chegou a conclusão:
A gente se ilude, pensando que tem tudo sob controle...E os segundos posteriores a este pensamento, podem muito bem te provar o contrário.
E não adianta...
Faça sua cabeça, sugira ao seu coração...
Reúna todas as suas forças...
Você nunca estará preparado.
Devaneios de Thatá.
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