terça-feira, 25 de novembro de 2014

Relato Aleatório Sobre Férias, Cansaço, e Aposentadoria (sim)

Eu tô aqui mais uma vez pra dar aquela reclamada básica, e comentar aleatoriamente sobre as coisas da vida.

Queria dizer que essa história de emagrecer é muito chata e...
Eu queria dizer também que ando muito cansada.

E você já deve ter lido isso aqui antes. 
(Sorry. Not really.)
Mas é verdade.

Acredito que dessa vez é um cansaço diferente, daquele tipo que mudou algumas perspectivas que eu tinha.

Por exemplo, se me perguntassem antes se gosto de praia, diria enfaticamente que não.
Mas o cansaço que em mim impera por esses dias tá tão punk, que tudo que faço é pensar em praia, sol, água de coco, sombras bem ventiladas, e distância da minha rotina.

Sou nova demais pra ter tanto cansaço, e nova demais pra já pensar em me aposentar. Mas eu penso.
Acho que serei feliz passeando livremente nesses cruzeiros marítimos que a gente tem a oportunidade de jantar com o capitão e conhecer o Roberto Carlos...

Enquanto isso não acontece, fico torcendo pra que janeiro se aprochegue mais velozmente, e quem sabe assim eu me deleite em algum lugar paradisíaco deste Brasil varonil.
Dreaming...!


E eu sei. Tá tudo muito caro, mas...Descobri que se a gente procurar direitinho consegue uns descontos legais pra não voltarmos das férias já enlouquecendo com as contas...

And...A gente pode usufruir de todos os cupons de descontos que a vida pode nos oferecer.
Tipo aqui no Planeta dos Cupons, que tem cupom de desconto da roupa da praia, à câmera fotográfica pra registrar os momentos e até mesmo aquele desconto amigo no hotel e nos pacotes de viagens!

E se o seu caso não é viagem de férias, mas sim um feriado prolongado e/ou as festas de fim de ano, os cupons também vão te ajudar, acredite em mim! 

Com isso em mente, planejo minhas férias com muita vontade and esperança no coração.
Torçam para o sucesso da minha empreitada?
Obrigada!


Beijos,
Thatá.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

12 coisas que os "vinte e poucos" trazem

Alcançar a maioridade é legal.
Muita coisa muda. 18 anos. 
U-hul. (esta expressão não contém tanta animação assim.)
Várias coisas / assuntos  se tornam mais complicadas / complicados, e nossa cabeça e nosso mundo passa por reviravoltas consideráveis.
Mas...Em minha opinião, quando os vinte e poucos chegam é basicamente quando tudo se acarreta, se acumula e vira uma confusão de sentimentos, sensações, e blábláblá.
Como eu sei? Como eu sei?
Eu estou aqui! Nos vinte e poucos. BAM!
Com base nisto, criei uma lista com números de coisas que os "vinte e poucos nos trazem".
*Não foi feito nenhum estudo aprofundado, esta lista consiste apenas em uma pessoa "introspectiva" cof-cof, observando as reviravoltas da vida.

12 Coisas que os vinte e poucos trazem:

1. Mais responsabilidade:
Parece clichê, mas procede. Repare na quantidade de atividades que você passará a desenvolver a partir do momento que perceber que completou 20 anos e a vida vai passando. Essa é aquela fase que a gente "pega" as responsas com as mãos, com medo de ficar inerte, e alguém perguntar pra tua mãe o motivo pelo qual você é tão jovem e inteligente e ainda não fez tal curso, ou não conquistou tal coisa.
Então você sai catando tudo, e comprando coisas e tendo que pagar por elas, e alguns caprichos simples que te satisfaziam, já não satisfazem mais.

2. Conhecimento de "novas instituições" SPC (essa parte é opcional):
Este também é aquele período que você começará a receber ligações "amigáveis" das empresas de cobrança, e lutará bravamente pra manter seu nome numa distância considerável do SPC. (se você se empolgou no item 1.)

3. Conhecimento de Siglas Gerais, Burocráticas, Financeiras:
Você vai começar a se interessar a ler o holerite pra descobrir onde foram parar todos aqueles reais que deviam ser seus! E vai se alegrar ao descobrir o significado de umas siglas aleatórias que farão diferença, talvez não hoje, ou não farão diferença, aparentemente, mas enfim...:INSS, FGTS, DSR, DSCT ADTO, Base IRRF e etc...
Fonte

4. Preocupações desconcertantes:
Se você não namora nos seus vinte e poucos, e nunca demonstrou interesse romântico declarado por ninguém, além de sofrer toda aquela pressão da sociedade, você com certeza se questionará se é realmente provável que seu cérebro apresente problemas. De igual modo, se você demonstra se apaixonar constantemente em curtos períodos de tempo por várias pessoas, também se questionará a mesmíssima coisa.
Você também vai se questionar se não quiser ir aos lugares que todos querem ir, ou se não quiser usar o mesmo estilo de roupas que outros usam, isso não acontece com todos, mas...

5. Mais resistência = menos disposição:
Sim. Agora você tem muito mais massa muscular pra te sustentar nas tarefas em geral, porém em contra-partida a vida de trabalhador(a) te priva de exercer qualquer atividade que envolva muito esforço físico. E olha...Ir pra academia pra alguns é fácil (pra mim não é...). Tô falando de ajudar o vizinho encher a laje, ou ajudar os amigos numa mudança.
Vai te faltar vontade. Não porque você não tem tempo, ou não tenha um bom coração, você simplesmente não tem disposição. E essa mesma disposição também te abandona em alguns dias de eventos super legais e descolados, observe.

6. Mais preocupações com o corpo / dieta:
Tô falando sério. Todo mundo se preocupa. Enquanto estamos na flor da idade, nosso metabolismo é uma maravilha e parece que nunca vamos engordar ou ficarmos muito acima do peso, porém, conforme nossa boca nervosa trabalha horas a fio, chega uma hora que acumula e exige medidas drásticas.
Não significa que você vai tomar medida alguma, embora seja o mais saudável e sensato a se fazer.
Você estará consciente. Você estará consciente de que aquele biscoito Trakinas não vai ser expelido do corpo com a mesma velocidade de antigamente, aquele croissant também não, e todo aquele excesso de açúcar e carboidratos também não.
Você estará consciente de que sua dieta precisa dar uma equilibrada. Mas às vezes não passa disso, da consciência, eu digo, e não te julgo. :) (você provavelmente quer se deliciar no pouco que teu dinheiro pode pagar, e tirar o atraso daquele tempo que seus pais te proibiam de tomar sorvete por conta do bronquite. desabafei!)

7. Mais conhecimento da vida / pessoas / lugares:
Os vinte e poucos te permitem conhecer gente nova, até porque nessa fase você é obrigado a interagir, não dá pra viver trancado no quarto, sem se preocupar com o xarope tal do "networking". Essa necessidade te levará a novos lugares, que te levará a observar a vida de maneira diferente. Acredite. Conhecer novas pessoas e sair de nossa zona de conforto, abre horizontes infindáveis em nossa frente. Clichê. É clichê porque é verdade. E por ser verdade é clichê. #sabedoria

8. Menos daquela vaidade alucinada (por favor, hein?):
Você percebe que aquela agonia de parecer perfeito é coisa de adolescente (se não percebeu, vai perceber), mas descobre que suas preocupações agora serão outras, e coisas superficiais não farão mais o mesmo efeito que faziam, as roupas vão mudar, elas deverão prometer acinturar-te ou emagrecer-te, os cremes deverão ter uma coisinha ou outra de "anti-age", as coisas que eram consideradas prioridades, ficarão em segundo plano, perto da importância de outras, ainda tô falando da vaidade. Foco.

9. Menos comparações:
Se você realmente chegou aos vinte e poucos amadurecido, já deve ter percebido que ficar se comparando aos "amiguinhos" é infantil e desnecessário. Você é único. Desajeitado, desconjuntado, complicado, ou certinho, aprumado e com tudo em cima. Você é único. (inserir aqui a frase final do item 7, falous? ok.).
Fonte

10. Crises de identidade mais profundas:
Em contrapartida ao item anterior, digo-vos com certeza que, os vinte e poucos não te tornarão mais seguro, até que te tornem. Entendeu?
Quero dizer que, mesmo nos vinte e poucos é comum você se pegar questionando como seria ou como será, e o por quê de todas as coisas, qual seu papel no universo, qual a utilidade de sua existência, tudo isso em um nível menos dramático, porém perigosamente mais profundo. 

11. Preocupações espirituais.
Sério. Este é um dos períodos meio englobados nas crises de identidade, não estou falando de religião, estou falando daquela busca por respostas de cunho mais introspectivo, você vai questionar as teorias da criação mais vezes do que gostaria, e vai chegar a conclusão que teu desânimo é falta de alguma direção espiritual, e geralmente é. Acho que estou falando de religião mesmo. Alguns questionamentos serão normais, e algumas vezes a falta de resposta também será.


12. Os vinte e poucos trarão menos tempo para ler essas longas listas na internet, mas você irá lê-las, mesmo assim! RÁ!


Digo tudo isso do alto dos meus vinte e quatro anos, até o final dos vinte e poucos muita coisa já aconteceu. E devo confessar que, acredito que esta será a melhor fase da minha vida, seja ela no ritmo que for, queria ter vinte e poucos, por mais vinte e poucos anos!

Rs...!

Ufa!
E aí, concorda comigo?
Discorda?
Faltou alguma coisa?

Beijos.
Thatá.



quinta-feira, 10 de julho de 2014

Relato sobre Ontem

Tá chovendo. Tá frio.
E eu queria contar uma história.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mas vou contar mesmo assim. É sobre ontem.

Ontem, decidi sair pra almoçar bem na hora da chuva. Pedi um guarda-chuva emprestado, difícil de manusear, bem grande e desengonçado, mas útil. 
Saí feliz, cantando na chuva. (talvez essa parte não seja necessariamente verdade.)
Fui em direção ao mercado, me desviando das poças e goteiras...
Observei uma senhorinha do outro lado, com uma bengalinha...Já meio corcunda, andando com dificuldade na chuva. Parando vez ou outra pra olhar onde pisava.
Passei por ela. 
Depois decidi voltar, ofereci uma carona em meu guarda-chuva:

-Quer uma carona na minha sombrinha? Pra onde a senhora vai?
-Oi fia, vou ali na casa do material de construção.
-Acho que não tem uma por aqui, será que tem?
-Tem sim, sempre teve.
Nesse momento perguntei para um senhorzinho aleatório na rua que me disse que estava fechada, afinal era feriado. (feriado no estado de SP)
A senhorinha ficou inconformada. Não lembrava que era feriado. Mas continuamos a andar.

E eu:
-E agora? Pra onde a senhora vai, na chuva?
-Vou pra casa fia, vou pegar o ônibus ali perto da igreja. Fica tudo tão ruim quando a gente não enxerga bem, né? 
-O que a senhora tem? Catarata?
-Catarata e glaucoma. Tudo junto. E deste olho esquerdo eu já estou cega. Mas não estou cega por causa de Deus, Deus é muito bom. Tô cega por causa do hospital, do médico. Cheguei lá no dia da cirurgia e o médico me disse que todos os equipamentos tinham sido roubados, mas que se eu quisesse podia fazer a cirurgia na clínica com ele, por um valor bem caro. Ele só queria meu dinheiro!!! Mas entreguei na mão de Deus.
-Mas o que senhora veio fazer aqui no Extra sozinha?
-Vim comprar tinta pra meu cabelo, tá começando a ficar branco, tá vendo?
-Hahaha, que legal! Vaidosa a senhora, hein?
-É né fia? Tem que ser.- e riu.
-Mas não é perigoso a senhora sair sozinha, sem enxergar direitinho? Não tem ninguém pra te acompanhar?
-Tenho quatro filhos-suspiro profundo- e minha única filha Deus levou.
Então, ela começou a chorar copiosamente. Parou. Limpou os olhos.
E contou que, a filha dela tinha 55 anos quando descobriu que tinha câncer de mama, e não deu tempo de completar 56 anos. O câncer a levou.
Eu fiquei ali, segurando o guarda-chuva. Sem reação. Enquanto ela se recompunha.
Tentei:
-Puxa vida, sinto muito!
-Verdade fia. Deus sabe o que faz.- como que dizendo que a vida continua.
De repente ela se recompôs, apoiou no meu braço, desceu a rampinha, e viu a Lojas Americanas e decidiu que precisava comprar fita adesiva pra colar umas caixas.
Disse que desejava que Deus me abençoasse muito. E pronto. Entrou na loja. E eu segui meu caminho.

ISTOCKPHOTO/THINKSTOCK
Sinto que desta história preciso tirar uma lição de vida.
Que seja amanhã. Que seja daqui a pouco.
Talvez nunca mais a veja.
Só que reflito e concluo que preciso aprender a ser menos ingrata, e deixar de atribuir a Deus a falta de sucesso de alguns de meus projetos.
Que eu aprenda que traumas em geral e dificuldades que enfrento, são motivos sim pra que eu desista de fazer certas coisas, e desista de ver pessoas e sair nas ruas quem sabe...Não vou minimizá-los.

Mas...

Mas eu posso DECIDIR seguir em frente. Posso decidir lembrar com tristeza do que não deu certo e me animar com o fato de que pequenas outras coisas também poderão me trazer alegria. 
Clichê assim. Simples.



Beijos.
Thatá

terça-feira, 8 de julho de 2014

Relato Óbvio: 'tá tendo Copa.

Começo dizendo que não gosto de futebol.
Não gosto porque não entendo, e não entendo porque não quero.
Tipo, whatever.

Mas tem gente que gooooosta mesmo. Adora. Ama. Sabe tudo.
Assiste todos os campeonatos, sabe as escalações do não-sei-que-lá e o placar de jogos de 1980. Sabe o número do sapato do atacante do time do Acre. 
Ou seja, sinistro. 
Estranhei quando logo no início do ano, essas mesmas pessoas começaram a se opor a copa.
Tipo, assim...
Tarde demais.
Deveriam ter brigado antes, e feito barraco antes. Não sei exatamente quando. Mas antes. Pronto.
Porque depois que a copa chega...
Ninguém para mais rapá! Inclusive o povo que adorava a hashtag 'não-vai-ter-copa' (#nãovaitercopa) é engolido pela energia da multidão.
Tô falando porque sei.
Eu não fui adepta da hashtag. Mas meio que apoiei secretamente o sucesso, meio que querendo ver o caos instalado, sorry. (nada patriótico de minha parte)
E nunca fui necessariamente contra a copa. Tenho algumas opiniões fortes sobre futebol, e campeonatos em geral que mobilizam nações inteiras...São tão contagiantes e powerful, que minha mente conspiradora não pode deixar de imaginar que é tudo uma grande enganação, "pão e circo" e blábláblá.
Mas...Fica chato repetir toda hora, e fica mais chato ainda tentar implantar isso na cabeça do povo, principalmente brasileiro (não tooodo o povo, mas a maioria), que ama futebol e coisa e tal.
Falando em amar futebol, é engraçado como os países são estereotipados, né?
Veja o Brasil por exemplo, é conhecido mundialmente por ser o país que ama samba, futebol e feijoada. Da feijoada eu gosto, pronto. Apenas.


Mas não era esse o ponto, eu estava falando da copa, "meio" confusamente.

Então, sobre a história dos haters da World Cup e FIFA...Acontece o seguinte, você reclama até o dia em que o Brasil vai jogar. É isso.
Não sou hater, mas dado o meu desgosto pelo esporte em questão, eu simplesmente desprezo toda a ideia de se empolgar com o fato do Brasil jogar. Sério.
Até...Até...
Até o momento em que sento em frente a TV dos outros, acompanhada de todos eles, vibrando e torcendo, opinando e sofrendo...!
Quando menos espero, lá estou eu... Vibrando e torcendo, opinando e sofrendo...!
É surpreendente!!! Me assusto com o poder que essas coisas exercem sobre a gente, e passo até a entender moderadamente, bem moderadamente mesmo, a empolgação da geral!

Não tenho a necessidade de assistir todos os jogos. Eu até dormi durante um deles. Não saio de casa pra ir assistir, mas se estiver no serviço e todo mundo começar a se mexer euforicamente por conta da Copa, lá estou eu!
Eu que disse que não me deixava influenciar. Hahaha.
Não acredito que seja menos patriota por não torcer, mesmo ciente que algumas vezes eu tenha a impressão de que o país gire em torno o futebol e coisa e tal! 

Fico nervosa critico o Fred, elogio o Hulk, elogio o Neymar, elogio o David Luiz, dou abraços imaginários neles, aperto a mão do Júlio César, e grito no ouvido do árbitro...
Mando o Galvão calar a boca, me incomodo com as jogadas do adversário.
E tudo isso sem entender nada de futebol.
É simplesmente algo assustador e arrebatador.

Em outro tempo talvez eu não teria dó do Neymar, mas agora tenho. Na Copa. Não naquele nível desesperado e preocupante como tenho visto por aí, mas dó do ser humano bem-pago que quebrou a costela defendendo a Seleção Brasileira correndo loucamente atrás de uma bola.
Não considero nenhum deles heróis.
Não acredito que vou amar futebol daqui pra frente.
Só sei dizer que a Copa me pegou. E eu estou torcendo.

Vou me empolgar se o Brasil ganhar, consciente de que nada mudará em minha vida, mas...
Por que não?
Já está acabando afinal!

Tá tendo Copa, amiguinhos! Faz tempo.

Incrível.

Beijos,
Thatá.




quarta-feira, 2 de julho de 2014

Relato sobre uma vida sem Televisão

Minha infância foi legal.
Abastada nos meus termos. Com um pouco de drama familiar, já que minha mãe passou por problemas de saúde bem sérios.
Cresci numa família cristã. Daquela que raramente perde um culto, e que frequentava assiduamente as reuniões de domingo de manhã, chamadas de Escola Bíblica Dominical (eu amava, aprendia sobre a bíblia, me divertia...), cresci ouvindo sobre Deus e Suas grandes coisas...Histórias do Pentateuco, histórias do Novo Testamento...Tudo muito instrutivo. Sigo até hoje.
Meus pais se converteram ao cristianismo em 1986. Na Assembleia de Deus. Eram recém-casados. Nessa época as coisas eram consideravelmente mais rigorosas, principalmente no ministério que meus pais frequentavam..
Não podia usar calça, não podia usar brincos, não podia usar manga curta, não podia usar barba...
Então, todas as coisas que eles costumavam fazer foram descartadas, e eles aderiram de vez os hábitos e costumes da igreja. Acreditaram realmente na proposta.
Família gracinha. E a foto faz tempo, porque hoje minha mãe anda! Oh yeah! (eu sou a de vestido florido)

Junto com todas as proibições referentes a aparência (que antigamente te identificava como crente, ou não.), havia uma proibição definitiva: crente não podia ter televisão!
Sim. Não podia.
Segundo minha mãe, levou um certo tempo até desapegar. Mas desapegaram. Por volta de 1987, mais ou menos, quando as gêmeas nasceram (minhas irmãs).
O tempo passou, e em 1990 eu apareci pra alegrar a vida de todos, hahaha, brincadeira, eu simplesmente nasci. E fui crescendo, chegando aquela idade que frequenta as casas alheias e nota a diferença...: onde está nossa TV?
Não tinha.
E talvez você se questione: como assim??? o que vocês faziam, pelo amor de Deus? que raio de infância foi essa? e os desenhos animados?
Calma.
A gente lia. Muito.
Líamos gibis. Líamos livros da Agatha Christie. Líamos jornais. Ouvíamos CBN com meu pai.
Líamos as revistas "Manequim" da minha mãe.
E quando todas as opções se esgotavam, caminhávamos mais ou menos meia-hora até a biblioteca mais próxima pra emprestarmos mais livros. Mais gibis, mais histórias e estórias.
Minha mãe tinha dificuldade de nos tirar do sofá se estivéssemos com nossos livros e afins na mão. A gente ia pra outro mundo. Aprendia sobre outros mundos.
Tínhamos vontade de assistir TV? Mas é claro. Éramos crianças. Nenhuma criança entende tão bem certas restrições.
Então, quando íamos na casa de minha avó Geralda, ou na casa dos meus tios ou da minha tia Nega, não adiantava querer conversar, precisávamos tirar o atraso de todos os dias em que ficávamos sem assistir TV.
Simples.
Mas isto acontecia esporadicamente. E o nosso divertimento mesmo era a leitura.
Quando outras crianças perguntavam, eu fica arredia, tentava mudar o assunto, mas se insistissem, não conseguia mentir, dizia: "Aaaah, mas eu não tenho televisão!", e me preparava para enxurrada de perguntas e comentários desagradáveis, me chateava um bocado, depois esquecia.
E assim foi, por um bom tempo.
Mesclávamos nosso interesse por leitura, com nosso interesse por música. 
Aprendemos teoria musical, aprendemos a tocar instrumentos. 
Cantar a gente meio que sabia, então armávamos nossos próprios shows e concertos, e até alguns programas de TV com plateia, nossa imaginação nunca deixou a desejar, rs! Éramos IMENSAMENTE criativas.
Também éramos as famosas CDF's. E meio nerds. Fama que carregamos até hoje. Sabíamos sobre todo e qualquer assunto, como se tivéssemos um grande computador na mente.
E não aprendemos com a TV. Aprendemos com os livros, com o rádio, com os gibis.
Com o tempo, compramos um computador, e nosso mundo se abriu mais ainda. E nossas mentes foram mais abertas ainda.
Comecei a não me interessar pelo que acontecia na televisão nas casas alheias. Tudo o que eu precisava, tinha.
Comecei a não me importar com as expressões de espanto quando dizia: "NÃO TENHO TV"
Toda necessidade de visuais animados que eu achava que tinha, meio que deu um tempo.
O mundo da internet se encarregou de tudo isso. E depois descobri a Band News FM, e coisa e tal...
E me dei conta de que não era menos inteligente que ninguém. Ou menos criativa. Ou menos "mente aberta". Chego até a dizer, sem humildade alguma, que eu era muito mais isso tudo que muitas outras pessoas. Sorry!
Ficamos adultas, estudamos em nossas universidades, nos formamos, trabalhamos. E hoje?
Ainda não temos TV!
E digo com orgulho!!! 
http://bookriot.com/2012/04/11/my-72-hours-with-no-tv/

Não sinto falta de saber o que acontece na novela das 8, não sinto falta da voz do William Bonner, não sinto falta do programa Discovery não-sei-que-lá. E percebo que sou muito impaciente em frente a TV, não consigo me concentrar, não consigo gostar da pobreza de alguns textos brasileiros em novela, e não consigo me convencer com algumas interpretações toscas.
Não consigo me interessar por ver o mundo através de algum apresentador sensacionalista que distorce tudo. 
Não consigo aceitar a maneira com que algumas notícias são apresentadas, sutilmente sem imparcialidade alguma, mostrando claramente o lado que determinada emissora está, e implantando aos poucos a mesma opinião na sociedade.
Eu até assisto TV quando vou a lugares. E tento me divertir. Encontro defeitos com bom-humor, pra ninguém dizer que sou matadora de alegria, e gosto do que assisto algumas vezes. E adoro filmes. E adoro Netflix, porque quem escolhe o que quer assistir sou eu, e se não tiver nada legal, eu volto as revistas, ou aos livros, ou aos gibis. Ou ao rádio.

Televisão não me faz falta. 
Não me envergonho em dizer que desconheço tal comercial, e tal personagem de tal programa.
Agora eu me sinto muito excêntrica, quando digo que não tenho televisor. Me sinto diferente. Me sinto.
E vivo muitíssimo bem, obrigada.
E sou informada, muito obrigada.
Sou inteligente e criativa, obrigada.

E sou feliz.
Grata.
*só esclarecendo.

Beijos.
Thatá.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

NÃO SE PREOCUPEM SE ESTE POST NÃO FIZER SENTIDO


Não se preocupem com meu cabelo desgrenhado.
Não se preocupem com minha inércia,
Não se preocupem com minha falta de empolgação,
Não se preocupem se não reajo aos berros a algumas situações,
Não se preocupem se mudo de ideia a cada 5 minutos,
Não se preocupem se demoro pra me decidir.
Não se preocupem porque não choro em filmes que o "cachorrinho morre",
Não se preocupem pelo meu interesse em histórias em quadrinhos.
Não se preocupem se sou realista,
Não se preocupem se, contradizendo a frase anterior, eu sonhe muitas vezes "fora da caixa".
Não se preocupem se não gosto de quem vocês gostam.
Não se preocupem se o meu certo for o teu errado, e o teu errado for o meu certo.´

Não se incomodem com o meu desinteresse por televisão.
Não se incomodem com o momento em que digo "não concordo", não se incomodem porque não digo pra contrariar, digo porque não concordo.
Não se incomodem com o fato de eu querer desenterrar músicas esquecidas.
Não se incomodem com o meu gingado desengonçado, não se preocupem com minha falta de coordenação motora.
Não se incomodem com meus dentes desiguais.
Não se incomodem porque rio de tudo.

Não se preocupem com minha vida amorosa estagnada.
Não se preocupem quando digo que não tenho dinheiro para determinadas coisas, não se preocupem porque não sou muquirana, eu apenas não tenho dinheiro.
Não se preocupem se de repente eu perder o interesse em algo e desapegar velozmente, mesmo que tenha custado muito ou pouco dinheiro.
Não se preocupem se eu não me impressionar com suas posições e cargos.
Não se preocupem se eu preferir a história de um velhinho à um conto com detalhes mentirosos de alguém da minha idade.

Não se preocupem com minhas respostas irônicas, mesmo quando não são.
Não se preocupem com minhas descrições exageradas sobre as coisas.

Não se preocupem se de repente eu não "não me encaixo",
Não se preocupem, porque na maioria das vezes, eu simplesmente não tento.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Relato sobre Maquiagem (tipo relação de amor e ódio)

É engraçado observar como a gente tem facilidade em se agarrar a algumas manias (parece redundante, eu sei)...
A gente se apega a pessoas, ok. A gente se apega a animais, ok. E a gente se apega a coisas.
Se apega, vicia, e de repente conclui que não se pode viver sem.
Pessoas são legais. Animais também.
Mas quero falar de coisas.
Algumas dessas coisas são tão úteis que o tempo se encarrega de torná-las hábito, outras não são tão úteis e/ou indispensáveis, mas nós mesmos nos encarregamos de torná-las obrigação.
 
Tipo maquiagem.
Sim, este é o rumo que seguirei.
 
Passei a me observar:
Tudo começou em uma tarde ensolarada...
Estava em casa, muito confortavelmente instalada, quando decidi ir à farmácia.
Troquei de roupa, penteei os cabelos, coloquei uma sapatilha, escovei os dentes. Então automaticamente fui até o quarto, peguei minha maletinha básica e comecei a separar: um conjunto de sombras, corretivo, blush, delineador e...OPA!
"Como assim?"- pensei comigo mesma- "Só vou até a farmácia."
Larguei tudo, passei protetor solar, batom. E saí, fui feliz e voltei.
 
Mas me peguei pensando sobre a influência dessa superficialidade que a gente anda enfrentando.
Tô falando da mídia mesmo...das redes sociais...das relações interpessoais...
Tô falando de blogs e Youtube, que honestamente eu adoro, assisto um vídeo atrás do outro (me chame de fútil), observo o delineado de Fulana, o esfumado de Ciclana, o não-sei-que-lá do côncavo da curvatura da pálpebra móvel, as trocentas pinceladas de alguma cor meio invisível sobre os olhos...Eu gosto. Gosto dessa história de que maquiagem realça a beleza, e sou mulher, gosto de aprender.
Mas aí então, uma dessas "gurus" decreta que é impossível ser bela sem "a make", e que toda e qualquer dita imperfeição deve ser escondida, sim, escondida pra o cara da padaria não ver, isso seria inadmissível. (entenda essa ironia, senão não fará sentido)
Aí eu observo as mudanças radicais que algumas mulheres se submetem todo santo dia, em busca de alcançar algum padrão de perfeição macabro, estabelecido por elas mesmas.
 
Não basta apenas alisar o cabelo, precisa colocar peruca. Não basta apenas usar batom, tem que aumentar ou mudar o formato dos lábios.
Não basta apenas disfarçar uma olheira, precisa construir camadas inúmeras de algo artificial que não revele tua verdadeira cara.
Marcas de espinhas não são toleráveis, é importante aprender a afinar o nariz, é importante sombrear aquele pedacinho do queixo pra dar um efeito de sei-lá-o-quê, é importante disfarçar a oleosidade natural e encher a cara de iluminador pra dar "aquele viço".
E não importa quão linda você seja. Não se deve sair por aí sem maquiagem, oras bolas...
Mude basicamente tudo o que conseguir, o contorno do rosto, a papada...Quanto mais você esconder melhor.
Isso é regra básica pra todo dia. Não apenas no casamento do teu amigo, e não apenas naquele date importante. 
 
Eu fico indignada.
Primeiro comigo, porque algumas dessas ideias já fizeram ninho em minha mente, e tive que lutar bravamente pra mandá-las para o caramba.
Depois, fico indignada com o mundo.
Mano!
Por que em milhões de anos, você faria questão de modificar tanto quem você é por míseros momentos de elogios que não te pertencem?
 
Aí alguém me diria: "Filha, se você tivesse ido maquiada para a farmácia naquele dia, teria voltado casada."
E eu diria: "Voltaria casada com ele, mas ele não voltaria casado comigo, porque quando ele descobrir que aquela pele sem manchas não é minha, que aqueles lábios carnudos não são meus, e que minhas olheiras são muito mais profundas que um oceano, ele desistiria...E aí? Deu no mesmo que nada."
 
Sou a favor da maquiagem, quem me conhece sabe que adoro.
Sou a favor da melhoria que ela proporciona, do realce. Não sou a favor da transformação absoluta da minha cara por tempo determinado.
Prefiro exibir minhas marcas de espinhas diariamente e só realçar o contorno de meus olhos, prefiro usar batons legais e sombras neutras e não tão notórias e ter a oportunidade de me produzir em algum super evento, mas continuar sendo eu...Bela (ou não) do meu jeito. Com todas as imperfeições que são tão minhas e só eu tenho direito de reclamar e trazer a tona.
 
 
E eu queria acreditar neste mundo perfeito em minha mente, em que as pessoas são felizes sem meio litro de base ofuscando suas características reais.
E eu ainda torço por um mundo onde as pessoas se cuidem e se preocupem com suas aparências...Mas que tudo seja muito sadio, sem neuroses, sem paranoias...
Eu torço pra que este mundo de cosméticos e maquiagens cresça, evolua, e que deixe tudo aí, muito inovador pra gente usar sem se sentir na obrigação de sermos capas da revista da moda, mas sim pra nos sentirmos mais felizes com aquilo que temos, seja um narizinho gordo, ou uma sobrancelha falhada!
Você não fica horrorosa sem a maquiagem meu bem, esta é você. E mesmo que esteja sob múltiplas camadas da melhor marca de maquiagens do mundo, continuará sendo você. Então, basicamente você se achará horrorosa por toda a vida...
Haja terapia coleguinha...Haja terapia.
(porque ninguém tem "a cara" perfeita mesmo. E todo mundo sabe disso.)
 
Sério, cara...
Sério mesmo.
 
Beijos,
Thatá.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Relato sobre a experiência de doar sangue

Oi gente!
Estou muito feliz em escrever este post pelo simples fato de poder compartilhar um detalhe legal de dias atrás.

Havia decidido em épocas passadas que devia ser mais altruísta e dar mais atenção as necessidades alheias...
Confesso que não estou sendo de todo bem-sucedida, mas...Enfim.
Apareceu a oportunidade de me tornar DOADORA DE SANGUE, e eu admito que antes mesmo de pensar em beneficiar alguém considerei o dia de folga que tinha direito. Eu admito. (mas isto muda)

Decidi me arriscar, porque embora seja um ato simples, algumas pessoas sempre acrescentam detalhes trágicos, desagradáveis e coisa e tal, o que nos faz pensar duas vezes, obviamente.

É tudo muito simples.
Acordei em um sábado chuvoso (15 de fevereiro de 2014) e me aventurei por Santo André (região do ABC Paulista), escolhi o Hospital Estadual Mário Covas, e não tem nada a ver com estrutura, teve a ver com a disponibilidade de horários, a facilidade de doação aos sábados e afins...Não fui doar para ninguém especificamente. Apenas fui. Enfrentei uma ladeira considerável, mas fui.


Os requisitos são básicos:



  • Tenha mais que 50kg.
  • Tenha mais que 16 anos e menos que 67.
  • Vá alimentado.



Você chega, pega a senha, apresenta um documento oficial com foto...
Eles realizam perguntas de praxe, se é a primeira vez que vai doar e coisas do gênero e te encaminham ao ambulatório.
No ambulatório, uma enfermeira afere tua pressão, enquanto a outra faz um teste de glicemia, um exame básico de sangue.
Você aguarda ali, eu aguardei por volta de 6 minutos, e então te encaminham para uma entrevista pessoal com enfermeiros ou médicos.
Então as perguntas são mais pessoais e específicas, mas nada assombroso.

O atendimento oferecido pelos funcionários da Cosan, é realmente muito agradável...Você escolhe o lado que prefere doar, decide se quer água, banheiro e afins antes de todo o procedimento.
Ótimo.


Devo fazer outra confissão aqui: não imaginava que a agulha podia ser tão assustadora!!!
Então se você tem pavor de agulha, e quer doar sangue mesmo assim, vá porque não dói nada, mas talvez seja aconselhável olhar para o lado enquanto a enfermeira dá aquela picadinha b-á-s-i-c-a!
Ok...
Somos instruídos então, a abrirmos e fecharmos as mãos, pra aumentar a fluência do sangue e tals.
O processo dura uns 8 minutos e no final temos aquele lanchinho básico pra nos recompormos e afins!

Conforme observava o sangue pulsar e preencher aquela bolsinha, algo mudou dentro de mim, todo pensamento egoísta foi substituído por felicidade!
Alguns acharão estranho, mas conforme você observa o sangue saindo de sua veia, a realidade te atinge:
AQUILO É PURA VIDA!!!
Sério.
É emocionante saber que outras pessoas viverão por conta de um pouco de vida que você empresta!
Honestamente, fez-me pensar em tanta coisa, e o impacto que meu gesto tão pequeno pode causar.
Acho fascinante o fato de Deus ter-nos feito compatíveis com outros milhões de indivíduos...E acho fascinante o fato Dele ter dado esta sabedoria ao homem pra descobrir este caminho que salvaria e salva muita gente!
Tudo foi criado pra que a gente se ajudasse mutuamente, senão não seríamos compatíveis certo? Ele poderia ter criado cada um com um tipo sanguíneo único, tipo impressão digital, certo?

Portanto, me alegro em agora fazer parte deste grupo de pessoas que ajudam tanta gente.

E se você de repente ainda não realizou nenhuma boa ação neste ano, vá doar sangue é realmente gratificante!
Há vários postos distribuídos por todo o Brasil, com certeza se perguntar ao Google ele te auxilia a encontrar algum posto de coleta próximo a tua casa!

É isso aí!

Beijos,
Thatá.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Relato sobre o calor e seus efeitos (e minhas opiniões)

Estava sonhando com esta sombra fresca, um ventinho amigo que acalentava e me fazia feliz.
Então acordei, e puxei o ventilador da tomada...
Como um passe de mágica, tudo se foi, e a temperatura real me atingiu violentamente!
OH MY GOD!
Em dias assim, minha preguiça atinge níveis imensuráveis e eu procuro não me mexer bruscamente, que é pra não suar excessivamente ou sentir toooodo este calor...Mas mesmo assim.
Estava aqui parada em frente ao computador, enquanto sentia minha testa esquentar e meu "bigode" começou a reclamar se expressando claramente com gotículas de suor indesejado!

Não consigo me acostumar com calor, nunca.
É como se o calor fosse projetado para pessoas que moram na praia, ou têm acesso direto a alguma árvore que providencie sombra e água fresca.
Cidade grande não combina com calor. (e pequenas também não, a não ser que sejam praianas)



Não importa o tanto que você goste do verão.
Ninguém fica feliz enquanto está preso em seu uniforme, com aquela calça de tecido indefinido, ou aquela rodela de suor embaixo do braço da sua camisa azul escura, ou seja qual cor for, que denuncie seu real estado...Suadouro absoluto.
Ninguém fica feliz por ter de usar um jaleco por cima de toda aquela roupa, e sapatos fechados!
Ninguém realmente curte ficar sentado em frente ao computador num ambiente sem janelas, e um ar-condicionado em uma temperatura que se assemelha ao inverno, em choque com o calor de fora.

Ninguém é mais ágil no calor. 
Até ocorre aquele momento de disposição, que é quando você acorda e olha pela janela, e o céu está azul, o sol está radiante te chamando "pra realizar"...Então você se anima, e sai com a cara e coragem...E toda aquela aparência amigável do verão, te mostra quem realmente é, e na metade do dia, noventa por cento da disposição inicial já se foi!
As pessoas apresentam essa tendência a desmaios e quedas de pressão arterial, e meus amigos...
TODO MUNDO RECLAMA!
Ainda não encontrei alguém, em um dia corriqueiro de sua vida, no trabalho e coisa e tal, que elogie o sol e agradeça a Deus efusivamente pelo calor!
Todo mundo fica ranzinza e ligeiramente insuportável de segunda à sexta.
Sábado e domingo dão uma trela, mas...
Até aí...

Então a gente meio que se contenta e se joga em tudo que seja gelado, de um picolé, a um jato de água no rosto (a maquiagem que fique pra lá)...
*A vontade mesmo é tomar banho de mangueira na hora do almoço do serviço, mas sejamos sensatos

E eu particularmente não paro de me questionar, se o verão todo não deveria ser de férias geral!

Todo mundo iria pra algum lugar onde houvesse mar...E sombra...E vento...E sorvetes a vontade!

Então todos os comerciais de cerveja, Coca-Cola e emails do Hotel Urbano fariam o maior sentido do mundo!

Apoiado???
Ou vai me dizer que você gosta deste calor, mesmo preso em teu escritório?
Gosta?
Ok, então.

Vou tentar respeitar.
Mas acho que minha ideia é super válida e deveria ser levada a sério.
Hahahaha.

Beijos,
Thatá





segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Relato sobre um sábado reflexivo

Estou de folga em um sábado, muito anormal, graças as reviravoltas de tantas coisas.
Oba.
Planejei este sábado muito bem, e estou empolgada, porém todas as minhas contas mostraram-se erradas, e toda a ostentação esperada terá que ser reprimida.

O que me faz lembrar de minha infância "abastada"...! Como eu era rica e meu dinheiro rendia!!!
A gente recebia essa mesada "super significante" aos nossos olhos, dez reais de minha mãe e dez reais de meu pai (se não me engano)...
Morávamos nessa avenida super movimentada, cheia de possibilidades...Foi lá que eu vi nascer a primeira loja de um- real- e- noventa- e- nove (preço único, eles diziam) e era lá que gastava meu dinheiro todo.

Era incrível, porque entre minhas andanças até o supermercado Pão de Açúcar e a loja de um- noventa- e- nove, sempre sobrava dinheiro para os pirulitos das Spice Girls e chicletes do KLB.
Eu comprava aquela bolacha recheada do Seninha, Fandangos, e esporadicamente sorvete Sem Parar de morango e baunilha, o mais saboroso de toda eternidade, quando custava um pouco menos obviamente.
Lembro que minha mãe gostava daquela bala diet de latinha, e toda vez que ela esvaziava, a tal lata virava meu porta-moedas( perdi uma latinha dessas na mudança com quatorze reais R$ Inesquecível!!!)...Eu conseguia juntar o dinheiro, e as minhas compras eram muito controladas!

Até porque, quem "financiava" os gastos mais úteis era meu pai...
A gente usava Lilica-Ripilica (que era tipo a "A Grife" do momento), tênis Tobogan, sandálias Pampili e coisas e tal...
Os cuidados pra pele resumiam-se aquilo que meu pai achava ideal, mesmo que fosse Shampoo Seda Citrus p/ cabelos oleosos, em nossos cabelos incrivelmente secos...Desodorante "Rastro" a princípio, só pra dar uma refrescada, e hidratante Corpo-a-Corpo surrupiados de mamãe.


Eu peno em admitir que, quanto mais nossos salários aumentam, mais os nossos gastos se tornam irracionais!
Por que eu ganhava vinte reais por mês, e conseguia guardar dinheiro?
Minhas necessidades eram outras, eu sei, mas mesmo assim!
Tudo é tão interessante pra criança, como eu conseguia me conter?
E o que aconteceu comigo no decorrer dos anos, que me faz ter esta ânsia de comprar coisas coloridas e brilhantes com pouca utilidade?

Onde está indo parar meu salário suado, sendo que possuo tão poucas coisas significativas?
Como decidido no post anterior, preciso aprender a economizar!
Meus gastos estão fora de controle, e eu estou começando a me preocupar!

Dito isto, mantenho na mente esta lembrança de quando eu era bem-sucedida financeiramente, pra nunca esquecer que sou capaz! (ironicamente, eu era criança)
Logo, se de repente eu postar no Instagram alguma aquisição fútil e coisa e tal, não pensem duas vezes antes de me criticar! (a não ser que eu tenha conseguido uma boa pechincha!)
Tô precisando de um tratamento de choque, pra mudar radicalmente!
E não pensem que estou me tornando mesquinha, estou tentando ser prudente!
(na tentativa!)

Tudo certo, então?
Então tá.

Beijos,
Thatá.






domingo, 12 de janeiro de 2014

Relato sobre minha experiência com a Escova Progressiva

Oi minha gente!
Como estamos?
Eu estou muito bem, e coisa e tal.
Decidi compartilhar uma experiência capilar que passei por esses dias...
A verdade é que eu sempre usei relaxamento, se me perguntarem qual a aparência do meu cabelo natural, não lembro. Pra mim ele sempre foi assim, com essa cara mais ou menos.
Tudo mundo me perguntava se eu já havia feito progressiva, e a resposta sempre foi não. Vontade eu até tinha, mas quando tinha tempo não tinha dinheiro, e quando tinha dinheiro não encontrava ninguém pra fazer. Enfim, esses desencontros da vida.

Aí então, há uns quatro dias atrás, nesta vibe de experimentar coisas novas, tudo cooperou para que eu finalmente fizesse a bendita progressiva, primeiramente a cabeleireira foi muito recomendada, e o meu cabelo estava assim, tão sem-graça, que alguma coisa precisava ser feita.
Eis aí a prova:
Sem chapinha= OPACO e NHÉ!


Com chapinha= MENOS OPACO
Então, fui e me entreguei nas mãos da Marilsa que entendeu perfeitamente as condições dos meus fios, e se aventurou competentemente em tratá-los.
Estava um calor HORROROSO, não sei se você já fez progressiva mas, o procedimento é todo a base do calor do secador, e não tem como fugir, se o cabelo não for bem esticadinho e não receber o calor necessário o resultado não é satisfatório.
Logo, comecem a me imaginar sofrendo com o calor...Imaginou?
Agora imagine de novo eu desesperada com a quantidade enorme de fumaça que o produto junto com o ar quente libera...
Agora imagine eu querendo segurar e proteger minhas duas orelhas ao mesmo tempo, enquanto ela escovava cuidadosamente uma área não relacionada, tipo, o centro da cabeça!
Pois bem.
Após, algumas horas de sofrimento calorífico, tudo se acabou.
E o resultado foi este:
Cabelo ligeiramente sem volume.
Cabelo completamente sem volume.

Devo confessar que a falta de volume assustou, e achei que fiquei com a cara gorda, mas após a primeira lavagem isso foi resolvido. Mas, a quebra excessiva diminuiu consideravelmente, e as pontas hiper-secas estão mais discretas!
Reparem só como o brilho já é outro.

Resumindo, estou muito feliz com o resultado, embora o processo tenha sido meio xarope em minha opinião!
É isso aí..
Seguindo os cuidados que a Marilsa (recomendo) me passou, muita hidratação, menos chapinha e coisa e tal, meu cabelo crescerá lindamente, e assim ficarei mais feliz ainda!

Beijos,
Thatá.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Relato sobre o que acho que mereço em 2014

Início de ano faz a gente querer pensar na vida, não é?
Comigo é assim.
Tento sempre me lembrar quais foram as decisões que tomei no dia 06/01/2013...(por exemplo)
Tenho muita coisa registrada no papel, e tenho muita coisa registrada na memória...!
Só me lembro com certeza é que no ano passado, mais ou menos por volta desses dias eu havia decidido não planejar nada mais para o ano inteiro, e para o resto da vida (radical, hein?)!
Até porque eu já tinha me imaginado em outros lugares, outros tempos... E nada saiu muito como o planejado.
Então mudei a tática.
E, confesso alegremente que funcionou, tive este ano excepcional, com tantas coisas boas acontecendo comigo e com meus amigos, etc...e tal.

Devo dizer que "às vezes" sou uma péssima planejadora, sabe?
Então mudei a estratégia.
Fiz uma lista mental de todas as coisas que eu acho que mereço este ano.
Sim...
Prepotente?
Sim.
Talvez, possivelmente.
Eu sempre quero que o MUNDO inteiro melhore, e que todas as pessoas sejam felizes, e eu faço minha parte, faço mesmo, faço o possível, mas...Estabeleci outra prioridade este ano:
EU!


Pois é...
Não estou falando que farei um regime e cuidarei mais da minha saúde...Não estou mesmo. Fiz um resumo geral do que quero.
E se o objetivo é cuidar de mim, pode ser que ocorra, correto?

Tudo começará a partir do momento em que organizar minhas finanças, me prontifiquei a gastar menos em coisinhas e juntar um dinheirinho pra realizar grandes coisas... Mas começando aos poucos.
Sei lá...

  • Aprender a dirigir
  • Comprar um carro, ou uma bicicleta. 
  • Viajar mais...Nem que eu tenha que começar transferindo meus passeios de bicicleta no Ibirapuera para Paranapiacaba (estive olhando, e mudou muita coisa desde a última vez em que fui, mil novecentos e noventa e tantos...).
  • Comer melhor.
  • Estudar algo interessante.   

Não estou desejando conhecer a Disney ou a China (por enquanto), mas todas as grandes coisas que deixaram de acontecer foram graças a minha extrema desorganização financeira...E a minha luta já começou.

Não quero esquecer dos meus amigos, muito pelo contrário, desejo que todos me acompanhem nessas decisões, também não quero esquecer dos meus pais que exigem absolutamente NADA de mim no que se refere a dinheiro.
Não quero ser ingrata com a sociedade.
Mas também não quero ser ingrata comigo mesma.
Porque independente do que algumas pessoas dizem, depois de Deus, quem sabe o que é melhor pra você é você, certo? E se você abandonar qualquer área de tua vida nas mãos de algum indivíduo, por mais bem intencionado que ele (a) seja, a tendência é que você acabe em segundo plano!
Simples conclusão.
Não me sinto revoltada ou nada do gênero...
Mas acho que dispensar toda nossa energia e cuidado pra mudar o mundo em um ano e esquecer de nós mesmos, não é legal.
E ninguém merece.

Então vamos!
Conforme as coisas forem acontecendo, farei questão de compartilhar!
Veremos.

Beijos, e bom 2014!

Thatá;